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Spotify assina contrato de US$ 310 milhões com o FC Barcelona e é criticado por artistas e palcos

Music Venue Trust (MVT) critica falta de apoio e diálogo para apoio às casas de shows que fomentam a inovação na indústria da música

Leo Feijó Essa semana o pessoal do Music Venue Trust (MVT), organização que reúne centenas de palcos no Reino Unido - as chamadas Grassroots Venues - fez uma dura crítica ao Spotify. O problema é que o aplicativo de música, criticado por repasses mínimos à maioria dos artistas por plays na plataforma, vai patrocinar o FC Barcelona. É um acordo de branding no valor de cerca de US$ 310 milhões, que verá o logotipo do Spotify em camisas de futebol, instalações e até no Camp Nou (FC Barcelona).

Segundo o MVT, pela quantidade de dinheiro que o Spotify concordou em gastar na marca do FC Barcelona, ​​eles poderiam, em vez disso, garantir um futuro permanente para cerca de 700 palcos de música do Reino Unido dedicados a novos artistas. Isso mesmo. A realidade do impacto seria ainda maior no Brasil, onde um palco de médio e pequeno porte realiza cerca de 300 shows por ano e precisaria de algo em torno de R$ 20 mil mensais para sobreviver e investir em estrutura, cachês e comunicação. Nós apuramos isso na iniciativa do Palcos do Rio, em 2018, e desde a criação das Casas Associadas, em 2010 (da qual fui presidente), acompanho isso de perto.

Na visão das lideranças do Music Venue Trust, tal investimento poderia ter desencadeado £ 40 milhões por ano (mais de R$ 280 milhões) no desenvolvimento de talentos de artistas de base, dos quais Spotify, Universal Music Group, Sony Music Entertainment, Warner Music e outros são os beneficiários financeiros finais. Não só isso, mas um investimento de dinheiro dessa forma geraria um retorno financeiro razoável, sendo investido em tijolo e argamassa e, portanto, permanecendo um ativo.

"Literalmente, em vez de jogar dinheiro em camisas de futebol, o Spotify poderia ter pegado esse dinheiro, investido em música, mantido o valor desse dinheiro, melhorado a economia para cada artista novo e emergente e ter um retorno pequeno e razoável em um trabalho sensato. e investimento protegido que se alinha totalmente com os melhores interesses de sua empresa", diz o comunicado do MVT.

Eles finalizam chamando a atenção de investidores do Spotify e de quem trabalha na empresa: "provavelmente vale a pena perguntar por que essa oportunidade temporária de branding foi selecionada em detrimento de um investimento estruturado de longo prazo em música com alto impacto". Eles chamam o CEO do Spotify Daniel Ek para poder contar a ele a incrível oportunidade que ele está perdendo. "Mas não conseguimos sequer que o Spotify faça uma reunião sobre a necessidade de apoiar e proteger o setor de música popular e independente", conclui o MVT. Saiba mais sobre o Music Venue Trust em https://musicvenuetrust.com/

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